Em Educação, Brasil ocupa 93º lugar no ranking do IDH
Variáveis analisadas são média de anos de estudo e expectativa de vida escolar
Da Redação do Todos Pela Educação
O Brasil ocupa o 93º lugar no componente Educação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O IDH é composto por informações sobre Educação, saúde e renda e classificou 169 países.
Veja o ranking completo da Educação no IDH
Quando consideradas as três áreas em conjunto, o Brasil está na 73ª posição. Nas primeiras posições estão Nova Zelândia, Noruega, Austrália, Irlanda e Estados Unidos, respectivamente. O componente Educação é formado pela média de anos de escolaridade da população adulta (25 anos ou mais) e pela “expectativa de vida escolar” – número de anos de estudo esperado por aluno, caso os padrões atuais sejam mantidos ao longo da vida escolar, calculado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
"O componente de Educação do IDH serve para medir a qualidade do sistema educacional. Mas ele não mede a qualidade do ensino", aponta Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação. "Mesmo assim, o índice mostra que o Brasil não está numa posição favorável comparado a outros países."
Ministério da Educação questiona dados
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nota nesta quinta-feira questionando os indicadores educacionais que compõem o IDH. "O relatório não capta o esforço de políticas desenvolvidas nos últimos anos com repercussão significativa na melhoria dos indicadores sociais e educacionais", diz um trecho do documento. A pasta também pede mais clareza do Pnud sobre a divulgação dos componentes educacionais.
Baixe a nota oficial do MEC aqui
Alteração no cálculo
Os dois indicadores do IDH relacionados à Educação foram alterados no cálculo deste ano. Anteriormente eram utilizados a taxa bruta de matrícula e do índice de alfabetização.
De acordo com o Pnud, as alterações foram feitas porque alguns países haviam atingido níveis elevados de matrícula e alfabetização, e assim esses indicadores vinham perdendo a capacidade de diferenciar o desempenho educacional. Mesmo aperfeiçoado, o relatório destaca que os resultados não dão conta de medir a qualidade da Educação.
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